quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Horário tarde

Tarde
primeira aula 1 hora
segunda aula 1:50
Terceira aula: 2:40
quarta aula: 3:50
quinta aula: 4:40

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A história de Fingolfin


Saudações, nobres sobreviventes da Tormenta! Encontro com vocês na virada da maré e venho-lhes trazer a história de um de meus personagens favoritos em todo o Silmarillion: o valoroso Fingolfin, senhor dos Noldor. Para aqueles de vós que não sabem, Fingolfin é um elfo, meio-irmão por parte de pai do famigerado criador das Silmarilli, Fëanor.

Fingolfin e Fëanor começaram a ter problemas quando ainda residiam em Valinor, graças a disseminação de discórdia causada por Morgoth, o caído. Morgoth espalhou boatos de que Fingolfin pretendia usupar o trono de seu pai, Finwë, até então o rei de todos os elfos e, consequentemente o direito ao trono de seu meio-irmão mais velho, Fëanor. Também plantou rumores de que Fëanor pretendia expulsar Fingolfin e seu irmão Finarfin da cidade de Tírion, a bela residência dos elfos em Valinor.

Obviamente, isso gerou atrito entre os irmãos, e Fëanor, que não primava pela calma e compreensão e era mais facilmente atingido pelos boatos de Morgoth, ameaçou Fingolfin com sua espada, ação pela qual foi isolado por doze anos de Tírion, indo morar com seus filhos e o pai Finwë na fortaleza de Formenos. Dessa forma Fingolfin passou a ser o rei de Tírion e senhor supremo dos Noldor até que Morgoth infectou as árvores de Valinor e roubou as Silmarilli. Zangado, Fëanor incitou a todos com seu espírito de vingança que o seguissem para a Terra-Média, e assim se deu a Fuga dos Noldor, que viraram suas costas para Aman e dessa forma foram amaldiçoados.

Em certo ponto do caminho, Fëanor traiu Fingolfin queimando os barcos que prometera enviar novamente para que seus irmãos pudessem prosseguir a viagem pelo mar. Fëanor abandonou Fingolfin com seu povo para morrerem em Araman, ou voltarem humilhados para Valinor. Uma grande cólera abateu-se sobre ele, e então liderou, juntamente com os seus filhos e os filhos de Finarfin, seu povo através do Helcaraxë chegando afinal à Beleriand, onde se tornou Rei Supremo dos Noldor e governou em Hithlum, morando às margens da Lagoa Mithrim. São controversas as informações sobre quanto tempo Fingolfin demorou para atravessar do Helcaraxë para a Terra-Média. Porém é dito que quando chegou e desfraldou seus estandartes, o Sol nasceu pela primeira vez.

No entanto, Morgoth também havia se refugiado em Beleriand, e continuou a disseminar a discórdia, a guerra e a dor para seus próprios própositos. Invejoso e covarde, o senhor de Angband quase nunca deixava sua fortaleza. Contra ele os povos de Beleriand lutaram, e foi na quarta grande batalha chamada Dagor Bragollach (Batalha das Chamas Repentinas), no cerco a Angband, que Fingolfin encontrou o seu destino.

Nessa dolorosa batalha, Morgoth soltou rios de chamas sobre seus inimigos destruindo Ard-Galen e derrotando grande parte dos Noldor. Vendo seu povo passar por tamanha provação e sentindo as esperanças se perderem, Fingolfin encheu-se de ira por seu inimigo e em um ato de desespero cavalgou sozinho até os portões de Angband. Tal era sua coragem e sua presença que, chegando lá, foi confundido com o próprio Vala Oromë (um grande deus Valar caçador que sempre cavalgava por Valinor exterminando as criaturas de Melkor), e então o exército de Morgoth que se encontrava na entrada da fortaleza fugiu se escondendo com medo do "Deus".

Assim, Fingolfin Nolofinwë desafiou o próprio Morgoth a uma luta de homem a homem, o chamando de covarde e senhor de escravos aos pés das Thangorodrim, já crendo numa inevitável derrota do povo élfico. Vagarosamente, Morgoth atendeu o chamado de Fingolfin. Foi a última vez que o senhor de Angband atravessou as portas de seu reduto, pois de fato era o único dos Valar que conhecia o medo, e não aceitou o desafio de bom grado.

Conta-se que seus passos soavam como trovões no seio da terra, e ele chegou trajando uma armadura negra, postando-se como uma torre na frente do rei dos Noldor. Diz-se, no entanto, que Fingolfin refulgia como uma estrela no meio das sombras com sua armadura prateada e seu escudo azul engastado com cristais, e este ergueu sua espada Ringil, que brilhava como gelo. Morgoth, por sua vez, ergueu Grond, o Martelo do Mundo Subterrâneo, e a cada vez que tentava golpear Fingolfin e este desviava, abria uma fenda na terra de onde jorravam fumaça e fogo.

Sete vezes Fingolfin golpeou Morgoth. Sete vezes o Senhor do Escuro gritou em agonia, o que fez com que seus exércitos ficassem prostrados ao chão.

Mas, por fim o rei se cansou, e então Morgoth o empurrou para baixo com o escudo. Três vezes o elfo foi esmagado até se ajoelhar, mas três vezes se levantou com seu escudo quebrado e seu elmo partido. No entanto, a terra ao seu redor estava toda esburacada, e ele tropeçou para trás e caiu aos pés de Morgoth. Assim, o terrível Senhor de Angband colocou seu pé esquerdo sobre o pescoço de Fingolfin, e fez sobre ele uma enorme pressão. Mas em um golpe final e desesperado, o Rei dos Noldor fincou sua espada no calcanhar de Morgoth, e o sangue negro jorrou enchendo os buracos feitos por Grond. O rei dos elfos deixou um deus, um valar, coxo por toda eternidade.

Morgoth ia jogar o corpo de Fingolfin para os lobos, mas este foi salvo por Thorondor, a águia gigante, que feriu Morgoth no rosto (NA CARA!!!!!!). Thorondor então levou Fingolfin a seu filho, Turgon, que enterrou-o ao norte de Gondolin.

"Assim morreu Fingolfin, Rei Supremo dos noldor, o mais altivo e destemido dos Reis élficos de outrora. Os orcs não se vangloriaram desse duelo junto aos portões. Nem os elfos cantam esse feito, pois é por demais profunda sua dor". - O Silmarillion

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Citações da obra de Tolkien

“... tanto para o menor como para o maior há coisas que só podem ser realizadas uma vez, e neste feito seu coração repousará ...”
Fëanor no monte Ezellohar

“... não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem ...”Faramir em Ithilien


"Aquilo que nós mesmos escolhemos é muito pouco: a vida e as circunstâncias fazem quase tudo."
"Este é um mundo caído, e não há consonância entre os nossos corpos, as nossas mentes e as nossas almas."
J. R. R. Tolkien

- O que teme, senhora? -
"Uma gaiola – disse ela. – Ficar atrás das grades, até que o hábito e a velhice as aceitem e todas as oportunidades de realizar grandes feitos estejam além da lembrança e desejo.”(TOLKIEN, 2003: p.829)
"Não renegamos nenhuma amizade respondeu Olwë - Mas a um amigo pode caber o papel de censurar a loucura do companheiro"

Capítulo IX - Da Fulga dos Noldor

"É que da bem-aventurança e da alegria da na vida há pouco a ser dito enquanto duram; assim como as obras belas e maravilhosas, enquanto perduram para que os olhos as contempleem, são registros de si mesmas, e somente quando correm perigo ou são destruídas é que se transformam em poesia."
Dos Sindar - Silmarillion, pág. 110. Ed. Martin Fontes 1ª Edição.
“... eu não conheço a metade de vocês como deveria, mas gosto de menos da metade de vocês a metade do que vocês merecem ...”
Bilbo comemorando 111 anos
"Outros males existem que poderão vir; pois o próprio Sauron é apenas um servidor ou emissário. Todavia não é nossa função controlar todas as marés do mundo, mas sim fazer o que pudermos para socorrer os tempos em que estamos inseridos, erradicando o mal dos campos que conhecemos, para que aqueles que viverem depois tenham terra limpa para cultivar. Que tempo encontrarão não é nossa função determinar."
Gandalf, O Retorno do Rei. pág 148